Embraer assume posição maioritária na OGMA

Instalações da OGMA no Aeroporto de Alverca, próximo
de Lisboa, nas margens do Rio Tejo

A construtora brasileira de aviões Embraer recebeu luz-verde por parte da Autoridade da Concorrência (AdC) em Portugal para reforçar a sua posição no capital da empresa portuguesa de manutenção aeronáutica  OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal (ex-Oficinas Gerais de Material Aeronáutico), que é detida a 30% pelo Estado Português.
Em Janeiro passado, a Embraer firmou um acordo provisório com a EADS para adquirir a participação que esta empresa europeia ainda detinha na OGMA. A EADS detinha 30% da 'Airholding', que é a "holding" através da qual a Embraer detém posição na Ogma. A Embraer detém, até à compra dos 30% da EADS, 70%. E agora ficará com a totalidade da 'Airholding', noticiou o jornal 'Negócios', que se publica em Lisboa.

No entanto, a Airholding mantém 65% do capital da Ogma, sendo o restante detido pelo Estado português, através da Empordef.

A saída da EADS dá força à Embraer. A Autoridade da Concorrência optou, a 1 de Março, por aprovar este reforço "uma vez que não é susceptível de criar ou reforçar uma posição dominante, da qual possam resultar entraves significativos à concorrência efectiva nos mercados da manutenção de aeronaves militares, da manutenção de aeronaves comerciais, da manutenção de helicópteros, da manutenção de motores aeronáuticos, da manutenção de componentes aeronáuticos e da fabricação e montagem de estruturas aeronáuticas, com impacto no território nacional".

Administração da TAP espera voltar aos lucros neste ano

Fernando Pinto, presidente da TAP, disse ontem em Lisboa que espera que a companhia aérea portuguesa registe um exercício positivo este ano, não obstante a alta dos combustíveis, determinada pela constante subida do preço do barril de petróleo.

O responsável pela gestão da companhia aérea portuguesa, que será privatizada no final deste ano, falava aos jornalistas na Bolsa de Turismo de Lisboa, à margem da apresentação da nova edição da revista de bordo “UP” este mês dedicada a Angola.

"O petróleo é uma grande preocupação, mas desta vez o preço tem crescido mais lentamente do que nos outros anos", referiu Fernando Pinto.  

No ano passado a TAP transportou um total de 9,7 milhões de passageiros, mais 660 mil do que no ano anterior, o que representou um crescimento de 7,3 por cento. Este ano a companhia ainda vai lançar mais duas novas linhas, à partida de Lisboa, para Berlim (Alemanha) e Turim (Itália)

As contas da TAP de 2011 ainda não são conhecidas, mas em Dezembro, num encontro com jornalistas, Fernando Pinto disse que os resultados do negócio da aviação da TAP deveriam cair face a a 2010, quando atingiram valores recorde, devido a um aumento do preço do combustível em cerca de 40 por cento (de 2010 para 2011).

Aigle Azur pretende realizar voos regulares entre Paris e o Porto Santo no Verão de 2013

A Aigle Azur está interessada em abrir uma nova linha regular entre Paris e a ilha do Porto Santo, no período de Verão do próximo ano, anunciou hoje em Lisboa Tiago Martins, delegado da companhia aérea francesa em Portugal.

O representante da Aigle Azur falava à margem da apresentação do novo voo directo que a companhia vai iniciar no próximo mês de Abril, às quintas-feiras, entre a cidade de Lyon e a Madeira, no qual tem o objectivo de transportar cerca de 7.400 passageiros por ano. A transportadora já tem um voo semanal entre Paris e a ilha da Madeira, que este ano terá um aumento de capacidade de cerca de 23% com a introdução na linha de um Airbus A321, em vez do A320.

Em 2011, a Aigle Azur transportou cerca de nove mil passageiros à partida de Paris para a Madeira, o que terá permitido a venda de cerca de 65 mil noites nos hotéis madeirenses e que é responsável, em parte, pelo grande acréscimo de turistas franceses verificado no último ano. Em 2012 o objectivo é atingir as 10 mil chegadas de passageiros de França na Madeira através dos aviões da Aigle Azur.

As previsões de vendas de lugares nos voos da nova linha de Lyon são bastante positivas, estando já contratada cerca de 60% da capacidade dos aviões.

O destino Madeira é importante para a Aigle Azur, que tem feito um trabalho de fundo para o mercado nacional e internacional em parceria com as entidades regionais, nomeadamente a ANAM, empresa concessionária dos aeroportos da Madeira, e a Associação de Promoção da Madeira, cujos apoios contribuirão certamente para a sustentabilidade e durabilidade das novas linhas regulares de França.

Além do Paris-Porto Santo que poderá ser lançado no Verão de 2013, a Aigle Azur admite abrir outras linhas directas para a Madeira de aeroportos provinciais franceses, de onde se verifica também uma boa procura para a Região Autónoma, no próximo ano.

Em 2011 o número de passageiros oriundos de França nos aeroportos da Madeira aumentou 62,1%, tendo a rota de Paris/Orly mais que duplicado (138,9%). Um acréscimo notável, se tivermos em conta que a França é agora o quarto mercado canalizador de passageiros para a Região, segundo os dados da ANAM. Contudo trata-se ainda de um mercado muito marcado pela sazonalidade (entre Abril e Setembro) com um pico de movimento na Primavera.

2011 foi o melhor ano de sempre da TAP, anunciou a companhia portuguesa

A TAP transportou em 2011 um total de 9,75 milhões de passageiros e registou uma taxa de ocupação dos seus voos de 76,3 por cento, o que faz do ano passado o melhor de sempre, no que a estes indicadores diz respeito, para a companhia aérea portuguesa.

Os 9,75 milhões de passageiros transportados representam um crescimento superior a 660 mil passageiros, equivalente a mais 7,3 por cento do que em 2010. Na taxa de ocupação, a TAP registou uma evolução positiva de 1,8 por cento face ao ano anterior.

Royal Air Maroc começou a voar entre Casablanca (Marrocos) e Luanda (Angola)

A TAAG (Linhas Aéreas de Angola) e a companhia aérea marroquina RAM (Royal Air Maroc) assinaram no fim-de-semana, em Luanda, um acordo de code-share para a rota Casablanca-Luanda-Casablanca que a RAM começou a operar na passada quinta-feira.

Mohammed Maali, director para África da Air Maroc, disse à imprensa na capital angolana que o objectivo da transportadora do seu país é o de contribuir para o reforço das trocas comerciais e do intercâmbio económico, bem como o fomento do turismo entre o Reino do Marrocos e a República de Angola.

 “O sector aéreo é vital para a economia e uma alavanca para o desenvolvimento, por isso estamos orgulhosos de poder contribuir para a aproximação entre Marrocos e Angola”, acentuou.

Numa primeira fase, a Royal Air Maroc deverá utilizar um aparelho Boeing 737, com capacidade para 167 passageiros sendo 16 na classe executiva e 151 na económica, em função da configuração do modelo da aeronave.

A RAM terá dois voos semanais, com chegadas às quintas-feiras e domingos e regressos nas manhãs dos dias seguintes. As aeronaves pernoitam em Luanda.

TAP anuncia venda de 50,1% do capital da SPdH ao grupo português Urbanos

A TAP e o Grupo Urbanos anunciaram esta tarde o acordo de princípio para a compra, por parte deste grupo de 50,1% do capital da Sociedade Portuguesa de Handling (SPdH) que trabalha nos aeroportos portugueses sob a marca Groundforce.

A concretização deste negócio, de que já foram informados os sindicatos representativos dos trabalhadores, está agora dependente da avaliação do Governo e do parecer da Autoridade da Concorrência, refere um comunicado distribuído pela TAP.

Na sequência do impasse registado nas negociações com a companhia belga Aviapartner, a TAP voltou a contactar os restantes interessados iniciais na aquisição, de entre os quais o grupo nacional Urbanos, sediado em Portugal, e dedicado à logística.

A TAP e o Grupo Urbanos consideram muito positivo este desfecho que permite manter as condições de viabilização e a manutenção dos postos de trabalho da Groundforce, empresa líder em Portugal no mercado de assistência aeroportuária de passageiros, bagagens e carga. Congratulam-se ainda pelo facto de este acordo envolver um grupo nacional de qualidade reconhecida tanto no mercado nacional como internacional.

Governo de Macau injecta 62 milhões de euros na companhia aérea do território

Os accionistas da Air Macau aprovaram hoje por unanimidade a injecção de 700 milhões de patacas (62,4 milhões de euros) pelo Governo, uma medida que abre caminho à renovação da frota e novos investimentos, disse o presidente da companhia.

"Eles [Governo] querem apoiar a Air Macau. Depois de um longo período de perdas, a companhia tem um longo caminho a percorrer, desde a renovação da frota, investimentos em infraestruturas e aplicação de sistemas de tecnologias de informação", afirmou aos jornalistas Zheng Yan, presidente do Conselho de Administração da transportadora de bandeira da Região.

No cargo desde Junho, o presidente da Air Macau admitiu que o reforço do capital da empresa "não é suficiente" para fazer face aos novos desafios que a companhia enfrenta, mas que "é um primeiro passo para sustentar e acelerar a mudança".

"A Air Macau tem de ganhar dinheiro e talvez conseguir um empréstimo para gradualmente renovar a frota. Vamos usar esta injecção de capital para começar o nosso desenvolvimento", afirmou, ao esclarecer que nos próximos anos não estão previstas novas injecções de capital na transportadora maioritariamente controlada pela Air China.

Com uma frota de 14 aviões, a Air Macau prevê começar a renovação com a substituição de dois A-321 actualmente alugados a outras companhias em 'wet lease'.

"A renovação da frota vai demorar algum tempo. O dinheiro vai também permitir elevar os serviços da companhia, como a pontualidade e condições de cabina", salientou Zheng Yan, ao frisar que entre os objectivos está a melhoria da imagem da companhia junto do mercado e passageiros.

Esta é a segunda reestruturação do capital social da Air Macau desde 2009, realizada na altura para impedir a falência da companhia de bandeira da Região.

Além de injectar 700 milhões de patacas (62,4 milhões de euros), o Governo de Macau reforça a posição de segundo acionista na Air Macau, ao aumentar de cinco para 21 por cento a sua participação na empresa.

Na reunião de hoje, os accionistas da transportadora aprovaram por unanimidade o aumento de capital da sociedade para 442 milhões de patacas (39,4 milhões de euros), reforço que será conseguido através da emissão de novas acções com o valor nominal unitário de 100 patacas (8,9 euros) e um prémio de emissão de 1.565 patacas (139 euros).

A Air China mantém a posição maioritária na Air Macau, mas os 80,6 por cento detidos (antes do aumento de capital hoje realizado) serão ajustados proporcionalmente ao novo investimento feito pelo Governo, o mesmo acontecendo à Sociedade de Turismo e Diversões de Macau (STDM), até agora com participação de 14 por cento, e aos outros pequenos accionistas.

Depois de anos de prejuízos, a Air Macau registou lucros de 231,8 milhões de patacas (20,6 milhões de euros) em 2010.

Embora sem avançar números, o presidente da Air Macau prevê resultados semelhantes ou um "ligeiro acréscimo" para 2011.

(Notícia distribuída pela agência Lusa)