A companhia portuguesa EuroAtlantic Airways (EAA) anunciou hoje em Lisboa que celebrou um contrato de longa duração (um ano) com a Air Madagascar para o aluguer do avião Boeing B777-200ER, matrícula CS-TFM, à companhia aérea nacional do Madagáscar, uma ilha-estado do Oceano Índico, frente a Moçambique, descoberta no ano de 1500 quando o navegador português Diogo Dias ali aportou e baptizou o território por Ilha de São Lourenço. Tem hoje cerca de 24 milhões de habitantes e tem no turismo uma das suas principais actividades económicas.
O avião português, o único B777 registado na Península Ibérica, começa já amanhã, dia 2 de Setembro, a realizar as ligações entre do aeroporto de Antananarino, capital do Madagáscar, para Charles de Gaulle/Paris, e para Marselha, em França.
Por via deste acordo a EAA irá deslocar para aquela ilha do Índico 53 tripulantes e técnicos de engenharia e manutenção da companhia. O B777 da EAA tem 30 lugares em Classe Executiva (C) e 293 lugares em Classe Turística (Y).
Este é o segundo acordo do género que a companhia portuguesa faz com uma transportadora aérea da zona do Índico. Curiosamente são duas companhias que estão proibidas de voar com os seus aviões para aeroportos europeus, por estarem integradas na lista negra da União Europeia, ambas desde Abril passado. A Air Madagascar e a LAM (Linhas Aéreas de Moçambique), embora sejam companhias filiadas na IATA e com a certificação IOSA, foram banidas do território europeu por inconformidades técnicas nos seus serviços técnicos e de manutenção. Estão em curso auditorias para a normalização de serviços, em ambas as empresas. A Air Madagascar é mesmo uma das mais seguras da zona, segundo os arquivos da Fundação Flight Safety, não tendo registado nos últimos 25 anos qualquer acidente.
Tomáz Metello, presidente da companhia, disse que o negócio com a Air Madagascar confirma que a África é uma área estratégica para a EAA. “Mantemos e desenvolvemos investimentos em São Tomé na STP AIRWAYS, estamos a trabalhar em Moçambique com a LAM onde vamos reforçar a nossa presença, depois de testarmos o mercado interno com um investimento na Air Plus e olhamos para países do Golfo da Guiné onde estamos a concretizar outros projectos”.
B777-200ER da EAA fotografado em Junho no Aeroporto de Heathrow/Londres (Paul Seymor) |
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