A previsão é da consultora CAPA, que analisa a situação da infra-estrutura local no contexto da Ásia Pacífico. O antigo território português, que desde Dezembro de 1999 é uma Região Administrativa Especial (ERA) da China, estará a despertar o interesse das operadoras de baixo custo.
Há perspectivas melhoradas para o desempenho do Aeroporto Internacional de Macau durante o corrente ano, antecipa a consultora Centro de Aviação para a Ásia Pacífico (CAPA, na sigla inglesa) no seu último relatório, dando conta de um interesse renovado das transportadoras de baixo custo em terem operações na RAEM.
O documento, citado ontem pela Rádio Macau, dá o exemplo do grupo australiano Jetstar, subsidiário da Qantas, que estará interessado em ter no território uma plataforma de operações. A Jetstar Asia, tal como a Tiger Airways, realiza já ligações para Macau a partir de Singapura. A mesma rota é ainda operada pela companhia de bandeira local, a Air Macau.
O relatório da CAPA lembra que o movimento da infra-estrutura aeroportuária de Macau – cuja gestão possui desde este mês novos administradores, com a venda de parte dos capitais da ADA pela portuguesa ANA – tem vindo a decair desde 2007, atravessando “um período de impasse político, estratégico e operacional”.
Desde então, lembra a consultora, o aeroporto assistiu ao colapso de uma das suas duas transportadoras, a Viva Macau, que decretou falência em Abril de 2010 e perdeu o certificado de operações aéreas na sequência do incumprimento de compromissos comerciais, segundo justificou então a Autoridade de Aviação Civil local. A estrutura assistiu também “a uma considerável contracção no número de passageiros e volume de carga transportada”.
“No entanto, o interesse em Macau está a ser retomado, com a emergência de novas operadoras low cost na região norte da Ásia, nomeadamente no Japão e na Coreia do Sul”, destaca a CAPA, assinalando que o tráfego aéreo entre Continente e RAEM tem sido um motor para o aumento do movimento na infra-estrutura. “O grupo Jetstar identificou inclusivamente Macau como uma opção de potencial plataforma de operações”, revela o documento.
Com base nestes dados, a consultora prevê uma melhoria nas operações do aeroporto local. “No geral, espera-se que 2011 seja um ano de estabilização para Macau, à medida que a região começa a recuperar terreno perdido nos últimos anos”, antecipa. No entanto, as previsões são ainda de um crescimento “moderado” no futuro próximo.
Entre os aspectos destacados no relatório está um crescimento do movimento do aeroporto em Agosto, já pelo terceiro mês consecutivo, e após dez meses em queda de tráfego e o constante aumento do número de visitantes do território, que nos primeiros sete meses de Macau totalizaram 15,7 milhões.
Este ano o Aeroporto Internacional de Macau prevê movimentar 4,2 milhões de passageiros.
(Texto publicado no jornal ‘Ponto Final’ de Macau)
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